O programa de formação da Defesa Climática Popular nasce para fortalecer quem mais está sofrendo os impactos da crise climática: as favelas.
As mudanças climáticas chegaram para ficar e já fazem parte do nosso dia a dia, com eventos climáticos extremos que, anos após ano, se tornam mais intensos e causam mais estragos. Além disso, a falta de recursos do poder público para estratégias de proteção e enfrentamento a essa crise agrava ainda mais a vulnerabilidade dessas comunidades.
A Defesa Climática Popular surge como uma iniciativa para fortalecer a capacidade de resposta das comunidades e reivindicar políticas públicas que atendam às demandas e necessidades da favela, por meio de educação popular, mobilização e criação de tecnologias com a população.


Preparar os moradores para
enfrentar os riscos
O projeto busca fortalecer favelas e periferias no enfrentamento aos riscos climáticos, unindo educação popular, mobilização e tecnologias criadas com quem vive no território, buscando ampliar a capacidade de resposta local e pressionar por políticas públicas mais eficazes.

Formação de agentes e
valorização dos saberes
O projeto reconhece a importância de quem já atua no território e, por meio de formações, apoia a construção de estratégias de prevenção e resposta a riscos. Com oficinas e trocas de saberes, moradoras e moradores se tornam agentes preparados para cuidar e agir em defesa da própria comunidade.

Tecnologia acessível e
informação confiável
A ferramenta foi pensada para ser fácil de usar e construída junto com a comunidade. Ela ajuda a divulgar informações seguras, estimular a cultura de prevenção e cobrar ações do poder público, sempre com apoio das redes locais e uso de dados gerados pelo próprio território.

Mapeamento, cultura e
ações no dia a dia
Serão realizadas oficinas de mapeamento e diagnósticos participativos, além de ações culturais e mutirões. Essas iniciativas fortalecem o cuidado coletivo e ajudam na resposta a momentos de crise, sempre conectadas com as necessidades locais e as redes de ação do território.

As favelas do Rio de Janeiro, especialmente aquelas localizadas em áreas baixas ou perto de rios, convivem com uma combinação perigosa: o abandono histórico do poder público e os impactos cada vez mais frequentes das mudanças climáticas, como fortes chuvas e ondas de calor. Isso faz com que milhares de famílias vivam sob o risco constante da possibilidade de um desastre, gerando perdas graves e devastadoras.
No Jacarezinho, a realidade não é diferente. A comunidade é cortada pelo Rio Jacaré e sofre com enchentes frequentes, agravadas pela falta de infraestrutura adequada. As consequências vão de prejuízos materiais, a problemas de saúde, ansiedade e risco à vida. Mas o território também pulsa com força: o que não falta é gente botando a mão na massa para garantir os direitos da comunidade e apoiar quem mais precisa. Com diferentes coletivos organizados, lideranças mobilizadas e redes de solidariedade ativas, criando um terreno fértil para fortalecer a resiliência comunitária e transformar essa realidade.
A rede da Defesa Climática Popular no Jacarezinho é formada por diferentes organizações, coletivos e iniciativas que atuam em defesa da justiça climática e resiliência no território.
Os moradores e moradoras que participarem da formação da Defesa Climática Popular se tornarão, também, agentes climáticos capacitados para agir em defesa do território e mobilizar a comunidade, realizando uma série de ações de proteção e enfrentamento aos riscos climáticos na região. Atualmente, a rede do Jacarezinho é composta por:







A Defesa Climática Popular é construída por pessoas que conhecem de perto os desafios e as potências do território. É a partir do encontro entre coletivos, organizações e moradores do Jacarezinho que a rede se fortalece e transforma cuidado em ação. Simbiose, Nossas e agentes climáticos se unem no dia a dia para compartilhar saberes, criar soluções e fortalecer a comunidade diante das mudanças do clima.

O NOSSAS é uma organização ativista que trabalha para fortalecer a democracia com foco em justiça climática, racial e de gênero, por meio de mobilizações sociais e tecnologias cívicas. O Meu Rio é o braço de atuação do NOSSAS no Rio de Janeiro, compondo uma rede de ação por um Rio de Janeiro mais justo, inclusivo e participativo. Há mais de 10 anos mobiliza pessoas para participarem dos processos de decisão na capital carioca, incidindo em pautas como transparência pública, justiça climática, mobilidade urbana e acesso à educação.

A Simbiose é um coletivo que nasceu em 2023, após as fortes enchentes que atingiram a favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro. A Simbiose defende que a favela não está à margem do meio ambiente, a favela é o meio ambiente. Suas vidas, suas lutas e suas formas de existir e resistir são profundamente conectadas com a natureza, ainda que historicamente invisibilizadas nas agendas ambientais e nas políticas públicas. O trabalho do coletivo é voltado para o conhecimento coletivo e à conexão com a natureza. Por meio da escuta ativa, do diálogo e da ação comunitária, fomenta práticas que restauram os vínculos entre comunidades e seus ecossistemas, reconhecendo que a justiça ambiental só se realiza quando caminha lado a lado com a justiça social.
A fim de fortalecer a capacidade de resposta da comunidade do Jacarezinho frente aos eventos climáticos extremos, a Defesa Climática Popular, em parceria com o Instituto de Geografia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), busca articular o conhecimento técnico-científico com os saberes populares do território, promovendo uma abordagem horizontal, acessível e cidadã a partir da colaboração entre pesquisadores da universidade e agentes climáticos da comunidade do Jacarezinho.
A Defesa Climática Popular combina experiência locais, mobilização comunitária e ferramentas acessíveis para enfrentar os riscos climáticos no Jacarezinho. A metodologia foi construída com quem vive o território e faz a diferença no dia a dia. O sistema permite registrar situações de risco, cruzar dados da comunidade com informações oficiais e apoiar os processos de tomada de decisão — tudo de forma colaborativa.

Quer acompanhar o que estamos fazendo e ficar por dentro das novidades do projeto? Aqui, você encontra boletins, relatórios e publicações sobre as ações realizadas, o uso dos recursos e os próximos passos.
É uma iniciativa que apoia o Jacarezinho na prevenção e resposta aos efeitos da crise climática, como enchentes, calor extremo e lixo acumulado. Reúne formação, tecnologia e organização comunitária para fortalecer quem vive no território.
Moradores do Jacarezinho podem participar das formações, enviar relatos de risco e se envolver nas ações coletivas. Todas as atividades são pensadas com base nas necessidades e vivências do território.
Acesse o formulário de registro de risco no site. Lá, você preenche o tipo de risco (como alagamento ou acúmulo de lixo), o local onde aconteceu, a data e a hora. Se quiser, também pode adicionar uma foto ou vídeo. Todos os relatos são verificados antes de serem publicados, e passam por uma etapa de anonimização de fotos e vídeos, no qual rostos e informações sensíveis são borradas.
Sim! É só clicar aqui para falar com a Defesa Climática Popular no WhatsApp. Você vai receber mensagens automáticas que ajudam a registrar o que está acontecendo, de forma simples e rápida. O sistema eletrônico vai perguntar o tipo de risco, onde foi, quando aconteceu e, se quiser, você pode enviar foto ou vídeo. Também dá pra consultar a situação atual do território, ver relatos recentes e receber orientações diretamente por lá.
Não. Todos os relatos passam por uma verificação antes de serem publicados. Isso garante que as informações estejam corretas e respeitem a privacidade.
Sim. Os relatos são publicados de forma anônima. Não mostramos seu nome, telefone ou outras informações pessoais. Se você enviar fotos ou vídeos, nós borramos rostos, placas e qualquer dado sensível antes de publicar no site ou no mapa.
Você pode conferir o resumo da situação direto no site ou conversar com o sistema eletrônico no WhatsApp. Usamos dados enviados pela comunidade e informações oficiais para mostrar se há risco de enchente, calor extremo ou outros problemas.
Não. O foco do projeto é a prevenção, o cuidado coletivo e o apoio na organização do território. Em caso de emergência, indicamos os pontos de apoio e os contatos das instituições responsáveis — veja a seção Quem acionar.
A Defesa Climática Popular é realizada por NOSSAS e Simbiose, com apoio da UERJ e de outras organizações do território. A metodologia foi construída junto com lideranças e moradores que já atuam em rede na comunidade.
São moradores e moradoras do Jacarezinho que participam de um processo de formação para atuar na prevenção de riscos, mobilização local e ações coletivas. O processo seletivo já foi finalizado, mas as ações continuam sendo construídas com apoio e escuta da comunidade.
Algumas oficinas e atividades são abertas ao público e serão divulgadas ao longo do projeto. Você pode acompanhar pela página de ações agendadas.
Por enquanto, o foco é o Jacarezinho. A ferramenta foi construída a partir da realidade e dos saberes locais, mas a metodologia tem potencial para ser adaptada a outros territórios no futuro.

Ficou com alguma dúvida ou quer saber mais sobre a iniciativa? Entre em contato com a gente!